Comando do MDB paulistano critica possível alinhamento do PSDB com 'extrema esquerda'

Deputada Tabata Amaral (PSB) tenta atrair os tucanos na eleição para prefeitura de São Paulo

Por Estadão Conteúdo
26/04/2024 às 12h05
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Foto: Reprodução/Instagram @enrico.misasi
Foto: Reprodução/Instagram @enrico.misasi

O presidente do MDB paulistano, Enrico Misasi, disse ao Estadão "não querer crer" que o PSDB, que segundo ele sempre se opôs "ferrenhamente" ao PT e ao PSOL em São Paulo, "vá se aliar com quem, na eleição passada, apoiou a extrema esquerda contra o prefeito Bruno Covas". Embora não tenha citado nomes, a declaração do dirigente partidário faz referência a deputada Tabata Amaral (PSB), que tenta atrair os tucanos na eleição para a prefeitura de São Paulo. Em 2020, ela declarou apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno contra Bruno Covas. 

A parlamentar articulou a filiação de José Luiz Datena ao PSDB no início do mês em uma jogada para fechar a aliança com a sigla, que indicaria o apresentador como vice dela. Misasi reagiu ao presidente municipal do PSDB, José Aníbal, que, como mostrou o Estadão, avisou ao ex-presidente da República Michel Temer (MDB) que não há chance do partido apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). 

Uma das justificativas apresentadas por ele é que a legenda não teria protagonismo desejado na coligação do prefeito, à qual chamou de "sopa de letrinhas" - a aliança é formada por PL, PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, PRD, Solidariedade, Mobiliza e ainda deve receber o União Brasil. "Quando decidiu apoiar Bruno Covas para prefeito de São Paulo, nas eleições municipais de 2020, o MDB foi o oitavo partido a unir-se à coligação encabeçada pelo tucano, que terminou por reunir 11 legendas. Em nenhum momento o PSDB tratou como 'sopa de letrinhas' a aliança, ao contrário do que faz agora, de forma desrespeitosa, o presidente municipal do PSDB, em relação à frente ampla do prefeito Ricardo Nunes", rebateu Enrico Misasi.

Emissários do prefeito têm tentado convencer o PSDB a apoiá-lo mesmo após o diretório municipal de São Paulo, liderado por Aníbal, descartar a possibilidade. Uma ala dos tucanos considera que seria incoerente não se coligar com o emedebista depois dele apoiar o partido há quatro anos, enquanto as principais lideranças querem uma candidatura própria encabeçada por Datena. 

 

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