Jerônimo Rodrigues garante reajuste de 7% para professores da rede estatual

A categoria paralisou as atividades por 48h pedindo, dentre outras solicitações, um reajuste de 10%

Por Vivaldo Marques e Bruna Ferraz
30/04/2024 às 16h16
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Foto: Feijão Almeida/GOVBA
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Durante um evento de lançamento do Projeto Comida No Prato, realizado na manhã desta terça-feira (30), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) falou sobre a paralização realizada pelos professores da rede estadual de ensino. A categoria definiu, na última segunda-feira (29), paralisar as atividades durante 48h.

A classe pede 10% de reajuste, seguindo o percentual unificado pela Federação da Entidades Sindicais dos Servidores Públicos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a proposta inicial do governo foi rejeitada por 90% dos funcionários que votaram.

Além do reajuste, a categoria também pede a restruturação de planos de carreiras e o pagamento imediato da 3ª parcela do Fundef.

De acordo com Jerônimo Rodrigues, houve uma reunião entre os diversos setores do Estado, como Saúde, Educação, Segurança Pública, dentre outros. Nesse encontro, segundo o gestor, ficou acordado um aumento de 7%, o que ele considerou "um bom arranjo", diante da inflação de quase 4%. "Nós quase que dobramos o valor do desgaste salarial por conta da inflação eu estou cumprindo uma receita de cuidado para que eu não possa dar um aumento que eu não possa cumprir e depois nós ficarmos em situação de não poder pagar salário", explicou.

Jerônimo também anunciou que, além do reajuste de 7%, o governo vai melhorar também o valor do ticket refeição que, como ele destacou, não é tributado. "É um valor líquido, na conta do servidor, para que ele possa tanto fazer refeição quanto usar caso haja uma sobra".

Para o governador, foi feito o possível para atender as demandas levantadas pela categoria educacional. "Eu estou consciente e firme que nós enviaremos para a Assembleia o Projeto de Lei. Conversamos com os deputados, tiramos as dúvidas e vamos continuar ouvindo, mas é o que eu posso fazer. Eu não tenho uma fábrica de dinheiro, não tenho uma vara de condão mágica para poder fazer um compromisso e depois não poder cumprir".

Desoneração da folha

Questionado pelo Portal M! sobre a desoneração da folha, Jerônimo explicou que está aguardando a movimentação do Governo Federal, já que essa é uma iniciativa do Governo Lula. O gestor destacou apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua preocupação quanto ao assunto e que é preciso avaliar os impactos das decisões.

"Também sei do lado de quem arrecada, como eu sou, do Estado. É fundamental que essas empresas, tendo esses incentivos, elas possam produzir mais, vender mais e assim, a gente poder tributar em outras frentes. Eu estou aguardando também acompanhando para que o que possa vir ser votado em Brasília possa ajudar os empresários e ajudar também efetivamente a população brasileira", completou.

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