Bolsonaro defende mulher que levou cadáver ao banco: "Se não assinou, não houve golpe"

Érika Nunes levou o tio morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo em agência bancária

Por Larissa Nunes
18/04/2024 às 10h47
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Foto: Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo

Em 2022, Bolsonaro levou Olavo de Carvalho a uma urna elêtronica e disse: "Vota, tio".

O ex-presidente disse que é a favor de não se enterrar os mortos até porque ele não é coveiro.

Depois da moda do "sugar daddy", "papai com açúcar" em inglês, que designa homens mais velhos que pagam as contas de mulheres mais novas, vem aí a moda do "sugar dead", ou "morto com açúcar".

Entenda o caso

Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi presa após funcionários da instituição financeira suspeitarem do caso, e resolveram filmar a situação que aconteceu na zona oeste do Rio de Janeiro, na última terça-feira (16).

Na delegacia, Érika afirmou aos policiais ser cuidadora do homem, que seria tio dela. Nas imagens gravadas pelos funcionários do banco, ela aparece segurando a cabeça de Paulo.

Em determinado momento, a mulher simula conversar com o idoso. "Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço", diz ela.

A defesa de Érika afirma que o idoso "chegou vivo" à agência bancária. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que o idoso estava morto há algumas horas. O caso é investigado pela Polícia Civil. 

 

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