Rio Grande do Sul declara estado de calamidade pública em função das chuvas

Ministros Rui Costa, Paulo Pimenta, Renan Filho e Waldez Góes acompanharão Lula em visita ao estado

 

Por Estadão Conteúdo
02/05/2024 às 08h20
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Foto: Reprodução
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública após mais de 100 municípios gaúchos terem sido afetados pelas chuvas intensas A decisão foi publicada na noite de quarta-feira (1º), em uma edição extraordinária do Diário Oficial do Estado. Os temporais já deixaram dez mortos e ao menos 21 pessoas desaparecidas.

A medida ressalta a severidade dos impactos das chuvas, inundações, granizo, alagamentos, enxurradas e vendavais no Estado, sendo categorizados como desastres de Nível III, classificados por danos e prejuízos substanciais. O decreto permanecerá em vigor por 180 dias.

O decreto estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, o texto prevê a possibilidade de os municípios afetados pedirem auxílio semelhante, cujas solicitações serão avaliadas e homologadas pelo Estado, na tentativa de dar resposta mais ágil e coordenada diante da emergência.

Comitiva visita Rio Grande do Sul

Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Renan Filho (Transportes) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) acompanharão, nesta quinta-feira (2), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na viagem ao Rio Grande do Sul. 

A comitiva deve ter reuniões com o governador Eduardo Leite (PSDB) e equipes da Defesa Civil que participam do trabalho na região. Em nota, o Ministério dos Transportes afirmou que colocou seu corpo técnico à disposição para "garantir atendimento imediato e digno à população, bem como celeridade no restabelecimento do fluxo viário" no Rio Grande do Sul.

O presidente da República disse que viajará ao estado nesta quinta-feira para acompanhar a situação da região. Lula disse não ter "limite de homens" para enviar ao Rio Grande do Sul para auxiliar a mitigar os danos causados pelas chuvas.

Segundo Lula, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou ter oito helicópteros à disposição para ir ao Estado, porém, "(eles) estão com problema que não consegue levantar voo por causa do teto", justificou. O presidente também disse que vai enviar ao Estado quantos homens forem necessários para lidar com a situação causada pelas chuvas. "Não tem limite pra gente colocar não. Se tem só 30, a gente vai colocar 60, 70, 100. Não tem limite", afirmou.

Em entrevista coletiva nesta quarta, Eduardo Leite disse que a previsão é que as chuvas deste ano sejam mais fortes que as chuvas de setembro de 2023 e causem mais estragos. "Os números são imprecisos, à medida que vão aumentar muito. A crise está em curso. Vai ser pior do que o que aconteceu em setembro do ano passado, infelizmente", afirmou.

Leite pediu que moradores das cidades afetadas saiam o quanto antes de suas casas. "Nós [autoridades públicas] não teremos capacidade de fazer todos os resgates", afirmou.

 

 

 
 
 
 
 
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