Por unanimidade, Anvisa mantém a venda de cigarro eletrônico proibida no Brasil

Artefatos, que também são conhecidos como vapes, são proibidos no país desde 2009

Por Redação
19/04/2024 às 23h20
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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram por unanimidade, nesta sexta-feira (19), manter a proibição da comercialização dos cigarros eletrônicos no Brasil. Os artefatos, que também são conhecidos como vapes, são proibidos no país desde 2009. No entanto, apesar disso, os produtos são facilmente encontrados no comércio ou online e são sucesso entre os jovens. As informações são do G1.

Para embasar a decisão, a Anvisa avaliou o impacto da proibição no país nos últimos anos, além de ter considerado a situação nos países em que a comercialização foi liberada. Conforme a Anvisa, foi percebido: 

-  Aumento do fumo entre os jovens: nos países em que foram liberados, como Estados Unidos e Reino Unido, houve um aumento do fumo entre adolescentes e crianças, o que tem gerado uma crise de saúde e um movimento a favor da revisão da liberação.

- Potencial de dependência: um dos argumentos da indústria é o de que o cigarro eletrônico seria menos viciante e, por isso, uma alternativa ao tabagismo. No entanto, as pesquisas recentes apontam que não é fato. Os vapes podem entregar até 20 vezes mais nicotina que o cigarro comum.

- Ausência de estudos no longo prazo: Não há estudos que mostrem os riscos e efeitos no longo prazo. Um dos pontos de preocupação é a evali, lesão pulmonar que pode levar à morte em um curto espaço de tempo e é causada pelas substâncias presentes nos cigarros eletrônicos. Nos EUA, foram ao menos 70 casos de morte pela doença.

- Impactos na política de controle do tabaco: o Brasil é referência no combate ao tabagismo, doença descrita para quem tem a dependência de cigarro. Um dos riscos analisados pela agência foi o aumento do consumo de tabaco no país com os cigarros eletrônicos.

 

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