Amar e servir: Serviço de Oncologia da Osid se destaca pelo acolhimento aos pacientes

Foi de um galinheiro, instalado ao lado do Convento Santo Antônio, que nasceram as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). A aguerrida Irmã Dulce, se utilizando da sua arma mais conhecida, o amor, acolheu naquele espaço 70 doentes em situação de vulnerabilidade social. De 26 de maio de 1959 para cá, a obra, que teve origem no coração da religiosa, se tornou um complexo que contabiliza números representativos. Por ano, são mais de três milhões de pessoas acolhidas na Bahia, cerca de 5,6 milhões de procedimentos ambulatoriais realizados, por volta de 1,2 milhões de refeições distribuídas aos pacientes, além de cerca 49 mil internamentos.

Abrigando um dos maiores complexos de saúde 100% gratuito do Brasil, a Osid também possui um trabalho voltado para a educação. No município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), funciona o Centro Educacional Santo Antônio. A unidade atende, em parceria com as Secretarias de Educação do Estado e do Município, 940 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo ensino em tempo integral do primeiro ao nono ano, além de acesso à arte-educação, inclusão digital, atividades esportivas, assistência odontológica, alimentação, fardamento e material escolar gratuitos.

Já no setor de saúde, aberto para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), são atendidos idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas e crianças e adolescentes em situação de risco social. Ao todo, são 21 núcleos que prestam assistência de saúde à população de baixa renda, dentre eles: o Hospital Santo Antônio, o Centro Geriátrico, o Hospital da Criança, a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência, o Centro Especializado em Reabilitação e o Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas.

"Eu estou aqui há 17 anos e ainda me emociono todos os dias quando eu acordo e venho trabalhar, porque eu sei que esse legado realmente é diferencial, é por isso que a gente acredita, é por isso que a gente faz com tanto amor, com tanto cuidado e que transcende a liderança, vai pra equipe e a equipe faz com amor e com cuidado o que a nossa fundadora deixou pra gente. A gente busca diariamente imprimir nas nossas ações o legado de Santa Dulce, que é 'amar e servir'", relatou, emocionada, Vivyana Passos, líder da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da Osid.

A profissional, que explicou sobre o seu trabalho à equipe do Portal M! com os olhos marejados, não esconde o compromisso que tem com os ensinamentos de irmã Dulce, a fundadora de tudo isso. Farmacêutica de formação, a mulher já contabiliza 17 anos de doação às obras e sete à frente desse serviço.

Vivyana Passos é líder da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia da Osid

Vivyana reforçou aquilo que fica perceptível assim que se adentra as dependências do complexo de saúde da Osid: ali, o trabalho humanitário é essencial e determinante no processo de cura. No setor oncológico, destacou a líder, essa atenção se faz ainda mais necessária. "É inconcebível o tratamento em si sem o fator humano e sem o afeto, o amar e servir".

Para manter o serviço oncológico e diversos outros, no entanto, a gestora alertou para a necessidade de doação da população, da forma que for possível. "A gente tem inúmeras possibilidades de doação e de captação de recursos. E é isso que faz o nosso diferencial. E é a partir desses recursos aliados com a contrapartida dos contratos pelo Sistema Único de Saúde, que faz com que a gente consiga ofertar para o nosso paciente todo esse cuidado integral. São importantes demais as doações, tanto de pessoa física, quanto de pessoa jurídica".

Você também pode ajudar

Para manter viva esta obra grande e com tantos braços, a instituição conta com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e de convênios com organismos estatais, além de doações e arrecadações através da venda de produtos. Dentro do complexo localizado no Largo de Roma, na Cidade Baixa, em Salvador, existe uma panificadora, um café e uma loja de souvenirs da Santa Dulce dos Pobres. Todo o lucro das vendas obtido nesses espaços é revertido para a manutenção das obras.

O Memorial Santa Dulce dos Pobres, também instalado no local, não cobra, dos seus visitantes, um valor de entrada, mas abre espaço para que estes doem a quantia que desejarem. A atração funciona como um museu no qual a história da primeira santa brasileira é detalhada. Além de objetos que pertenceram a ela, o acervo também aborda fatos inusitados sobre a trajetória árdua de Dulce.

Para doar, acesse doe.irmadulce.org,br e conheça as várias formas e contribuição para a manutenção desse trabalho de amor, força e fé. 

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