Após pedido ao STF, Bolsonaro nomeia reitora do IFBA eleita há um ano 

O ministro Edson Fachin havia dado dez dias para o presidente justificar-se 

Por Jones Araújo
24/12/2019 às 11h54
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Foto: reprodução
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Eleita reitora pela comunidade acadêmica do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em 13 de dezembro de 2018, a professora Luzia Mota só foi nomeada oficialmente para o cargo em decreto publicado nesta terça-feira (24). A nomeação, assinada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, foi realizada três dias depois que Luzia acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) denunciando a “condução omissiva” de Bolsonaro. O ministro Edson Fachin havia dado dez dias para o presidente justificar-se. 

A nomeação de Luzia repercutiu entre a bancada de deputados da Bahia, que havia realizado abaixo-assinado cobrando a nomeação e denunciou, durante todo o ano, o que segundo eles, foi perseguição ilegal do presidente e do ministro da Educação, Abraham Weintraub.  

“O desrespeito à autonomia universitária que tem se repetido em todo o país, aqui gerou essa aberração, porque nos institutos federais não há listra tríplice. O eleito obrigatoriamente tem que ser o nomeado, mas como a professora Luzia é séria, comprometida com a educação pública, foi banida, vetada. Felizmente, venceu a mobilização da comunidade acadêmica”, destacou o deputado Jorge Solla (PT-BA), em suas redes sociais.