ARTIGO: A vida útil de uma LIVE

Por Telmo Moraes Pedreira*
04/07/2020 às 08h00
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Foto: Divulgação
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Nada está mais vivo que a tela escura de um celular. 
Basta olhar:
"Gabi Influencer" ou "Elton John": "Iniciou um vídeo ao vivo".
Do streaming nonsense ao oportuno, tudo por 15 minutos da sua atenção. 
Gil, sabido que só, já previa "lives". 
Compôs em outro tipo de rede o que nem conhecia, as redes sociais:
"Por isso eu vou na casa dela...
Falar do meu amor pra ela...
Tá me esperando na janela, ai, ai..."
Sem sair de casa, a janela hoje tem carga e luz própria. 
Trocou o sol pelo silício. 
Tá exagerado, gorduroso demais, não dá tempo de sentir fome e já me ofertam um vídeo sobre um bolo de rapadura e um novo treino de Crossfit que "você tem que ver".
Respire, tem uma meditação acontecendo agora na Tailândia que vai te ensinar a alongar o diafragma e ter saúde mental. 
Namastê. 
O corpo que habita em mim só quer descansar.
Ócio, sono, barulho de grilo e chuva lá fora... 
Tudo ao vivo. 
Silêncio!
O essencial fala mais alto. 

*Telmo Moraes Pedreira - cirurgião-dentista, CROBA 6670.
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